ALFENA CULTURAL

BLOG DE UM POETA " DOS TEMPOS LIVRES" RESIDENTE NA BONITA E JOVEM CIDADE DE ALFENA

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

REFLEXÃO SOBRE O LIVRO "KAZUMBI" OBRA DA MINHA AMIGA PROFESSORA DRª E ESCRITORA HELENA LEOTE DE QUEM JÁ TENHO SAUDADES...A QUEM AINDA NÃO LEU RECOMENDO A SUA LEITURA, POIS PARA ALÉM DE SER UM ÓTIMO LIVRO É TAMBÉM UM PEQUENO DICIONÁRIO DO DIALETO "KIMBUNDÊS"


A LEITURA DO DIÁRIO DE “MARIANIKA” (KAZUMBI) TEVE PARA MIM GRANDE SIGNIFICADO
FEZ-ME REVIVER O PASSADO NA  SUA ALUSÃO AO “GOLPE DE ESTADO”
PORTUGUESES QUE DEIXARAM A SUA TERRA NATAL
CONTRIBUIRAM PARA A EVOLUÇÃO DAS COLÓNIAS DE PORTUGAL
OBRIGADOS NÃO FORAM, PARTIRAM À PROCURA DE UMA VIDA MELHOR
O QUE POR LÁ FIZERAM, ORGULHAVA O DITADOR
SE OS COLONOS NÃO SE TIVESSEM EMPENHADO A FUNDO
AINDA HOJE OS NATIVOS VIVIAM NUM OUTRO MUNDO
A SUA REVOLTA OBRIGOU OS COLONOS À DEBANDADA
RETORNARAM À PÁTRIA, COM POUCO OU QUASE NADA
O MEDO DA GUERRA E A PRESSA DE FUGIR
OBRIGARAM A DEIXAR MUITA COISA, MENOS A VONTADE DE PARTIR
A SAUDADE ,ESSA VEIO, ACOMPANHADA DA TRISTEZA
O FAZER POR ESQUECER, NÃO É FÁCIL, É UMA CERTEZA
AS PERIPÉCIAS DE UMA FUGA QUE TIVE A FELICIDADE DE NÃO  VIVER
PELO  DIÁRIO DE “NIKA”  ME FORAM DADAS A  CONHECER
A SUA NARRATIVA E  A MANEIRA DE A DESCREVER
CONSEGUIRAM TRANSPORTAR-ME À REALIDADE DO SEU SOFRER
O DEIXAR PARA TRÁS ”SONGUE” O SEU GRANDE AMIGO
FAZIA PENSAR NO PORQUÊ DE NÃO ESTAR CONSIGO
DE BARCO E DEPOIS POR AVIÃO CHEGOU À “TERRA DO PUTO”
QUANDO CÁ CHEGOU O DESCONHECIMENTO ERA ABSOLUTO
NO COMBOIO PARA A “TERRA DO NADA” DE ONDE SAIU COM TENRA IDADE
FOI VIVENDO EXPERIÊNCIAS NOVAS, REVOLTADA, COM TRISTEZA, DESPROVIDA DE ANSIEDADE
A AUSÊNCIA DO PAI NA FUGA ATRIBULADA,
JUNTOU-SE À ÂNSIA DE O VER CHEGAR À “TERRA DO NADA
SÓ DEPOIS DE MUITO TEMPO E SEM NOTICIAS DAR
CHEGOU O “TATA” DA “NIKA" E OS SEUS OLHOS VOLTARAM A BRILHAR
NA “TERRA DO PUTO” ESTUDOU E CRESCEU
SONHAVA SER PROFESSORA E FOI ISSO QUE ACONTECEU
HOJE É “MESSENE” NA ESCOLA ONDE ESTOU A ESTUDAR
É AMIGA DO “MUXIMA” COM QUEM GOSTO DE FALAR


                                                                                   Jorge Martins

domingo, 8 de janeiro de 2012

PAI... A PARTIDA ARRASTA SEMPRE A DOR DA SAUDADE...




EU E O MEU PAI (1966)

Pai,
é tão grande a dor que estou sentir...
como o vazio que deixaste na minha alma na hora de partir.
Além de progenitor foste amigo,colega um segundo irmão
Criastes dois homens, implementastes  o respeito e a educação
Partiste no dia de “Reis” como uma oferenda ao senhor
Sei que estás ao lado dele e partilhas do seu amor
Mas doi...doi muito, que maldita é a dor da saudade
Se nos iremos ver um dia...acredito de verdade
É esta a viagem que nos é oferecida ao nascer
Cujo o destino não podemos escolher...
Partiste muito cedo para essa viagem,o que eu lamento
Expressavas  vontade de a fazer tal era o teu sofrimento
Chorei,choro e continuarei a chorar
Porque te amei, amo e para sempre vou amar
Talvez fosse egoísta por não desejar a tua partida
Pois, achavas tu, ser a unica saída...
Acredito que estejas aliviado e sem dor...
Com alegria na alma por sentires todo o nosso amor
Foram muitos os que de ti se quiseram despedir
Sei que aí onde estás podeste assistir
Pai!!!,Pai!!!,Pai!!! Quero gritar,quero chamar por ti
Doi muito...muito, saber que já não estás aqui
As lágrimas que agora me correm pela face,continuarão a correr
Até o nosso reencontro acontecer...
Não quero dizer adeus, mas sim até um dia...
Em que partilharemos o nosso amor e alegria...
Pai!!!Pai!!!...Pai!!!...Pai!!!  Não te consigo ver
Continuarei amar-te nunca te irei esquecer...
Pai!!!!!!!!...Pai!!!!!!!!...Pai!!!!!!!! ...continua a doer...   


                                                           Jorge Martins

domingo, 1 de janeiro de 2012

POETA...POETA...POETA


http://www.google.com/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-
Poeta...
Poeta não é um fingidor!
É alguém que consegue caracterizar o amor...
Se o fosse, Camões não iria escrever
“Amor é fogo que arde sem se ver”
nem Gedeâo conseguiria dizer
Que “lágrima de preta é igual a outra qualquer”...
É transmissor de uma dor que se faz sentir
Através das palavras que ousa exprimir...
Ecos que se soltam do fundo do coração,
Que tornam o poeta dono da razão!
Ah!...Razão sem sentido na hora de amar
Descreve o que nos rodeia sem hesitar,
Profetiza com sensibilidade
A dor, o amor a fraternidade
O inimaginável, a realidade, o abstrato
Compõem um dos sentidos do poeta: o olfato!
Cheirando o perfume das emoções,
Que iluminam ou escurecem nossos corações,
Este mestre, na arte de fantasiar.
Brinca com as palavras, sem deixar de amar!
Poeta... poeta ...poeta...
Alguém que escreve sem tempo e sem meta...

                                                  Jorge Martins