Dia solarengo de Verão…
O comboio apitava, dava entrada na estação…
Um mundo de várias cores começou a mexer
Preparavam-se para embarcar, sem tempo a perder
Entrámos no meio da multidão
Estava espantado, cheio de admiração!
Ermesinde ficava para trás, deixava de se ver
O Homem que me prendia pela mão, deixou de o fazer
O nome das estações fui aprendendo.
O barulho do comboio era tremendo…
Viajávamos ao lado do rio Douro…que linda vista!
Quando dei por mim, estávamos ao pé do maquinista…
Pude tocar o apito do comboio e vibrar
Uma alegria enorme, para mais tarde recordar
Homem dos comboios, aquele que me levava a passear
Em miúdo aos Domingos, gostava de o acompanhar…
Começou por assentar travessas, foi a sua primeira função
Estudou e foi subindo, passou a “Inspector de Trens e Revisão”!
Dono de uma caligrafia por muitos invejada
A sua caneta de tinta permanente era a mais adorada.
Recordo-me de uma estação de nome Mosteirô
Que ele me ensinou a pronunciar…Oh, o meu avô!
Adorei recordar estes tempos de menino
E as viagens que fiz com o avô Paulino!
Jorge Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário